segunda-feira, 25 de junho de 2012

Paraguai: Unidentified Object

                                                                                         

                                                                                              Mateus G. M. F. Tibúrcio




                         A simples menção ao nome Paraguai causa imediatamente aos brasileiros pensamentos que oscilam zombaria ao rancor. É certo que entre todos os circunvizinhos este foi aquele cujo relacionamento foi mais marcado por hostilidades, engalfinhamentos e contendas, muito mais que uma outra certa nação, cujo nome deriva da prata e mantém conosco um duelo eterno que muito mais é uma rixa de escola.
                         A nação Guarani[1] vive às turras conosco desde o fatídico - E sangrento - conflito que leva o seu nome, em que o caudilho romântico e eugenista Solano Lopez[2], na tola pretensão de criar uma superpotência com recortes do que visse pela frente, foi justamente - Mas não sem abusos - vilipendiado pelas tropas imperiais. No século XX este lugar tornou-se um de facto estado cliente[3] de Taiwan - Ou para os seus habitantes República da China -, abastecendo a Terra de Santa Cruz com importados de qualidade duvidosa.
                         Hoje temos um impasse: Inconformados com a deposição do Presidente Paraguaio Fernando Lugo - Cujos problemas morais por si já são uma mancha indelével -, o governo brasileiro, junto com os seus "países confrades" boicota agora um novo governo. Deus proteja-nos pela intercessão de Maria Santíssima de uma nova énsemble.


       Notas


       [1] - Uso este termo puramente como licença poética.
       [2] - Tristes tempos em que um inimigo da pátria é lembrado como heroi.
       [3] - Estado que depende totalmente de outro.

sábado, 9 de junho de 2012

Sugestão do Autor: As Aventuras de Tintim



      As Aventuras de Tintim[1] são uma série de álbuns de quadrinhos escritos pelo quadrinista belga Georges Rémi, mais conhecido como Hergé. O enredo, a curto, grosso e pleonástico modo trata das peripécias de um jovem repórter chamado Tintim com seu cachorro chamado Milú. Esta série é um fantástico - E olvidado - guia sem igual ao mundo para as jovens mentes, talvez superado apenas pelas obras de Carl Barks[2]. Um singelo e autêntico passatempo de crianças, uma raça que está prestes a ser extinta[3].
       Interessantemente, esta série têm sido fulminada de críticas pelos tiranos do "politicamente correto". Fissurados em vilipendiar qualquer resquício de sanidade que encontrem, acusaram a obra de racista, misógina, apológica à matança de animais, reacionária - Que encaro como elogio - e principalmente antissemita[4]. O último é um tanto risível: Todas as mídias modernas estão repletas de vilões estereotipadamente alemães, árabes, hispânicos, eslavos, por que então os filhos de Abraão gozam do privilégio de estar fora da vilania? Lembremos que a adaptação cinematográfica foi feita por Steven Spielberg, ele mesmo...
        No mundo hodierno, em que até o Lanterna desandou, o repórter Tintim levanta-se como um dos últimos totens da visão de mundo sadia.

    [1]No Brasil a coletânea é publicada pela Editora Record, e em Portugal pela Verbo. Vale a pena assistir a adaptação para desenho animado que passa às cinco e meia na Rede Futura e às cinco na Cultura.
    [2]Carl Barks (27 de Março, 1901 – 25 de Agosto, 2000) foi o maior quadrinista do Selo Disney. Foi responsável pela criação do Tio Patinhas e muitos outros personagens. Foi também considerado um precursor dos mangás japoneses. No Brasil a coletânea "As Obras Completas de Carl Barks" é publicada pela Editora Abril. 
    [3]Digo de antemão que não atribuo o fim destas ternas criaturas às animações modernas e aos videogames: Eles surgiram por consequência, e não causa.
    [4]Expresso aqui que não é intenção do autor deste blog publicar postagens de teor antissemita: Temas como neonazismo são proibidos nos comentários.  
           

domingo, 3 de junho de 2012

Horas de Ócio

                                                                           Mateus G. M. F. Tibúrcio


       A preguiça é algo terrível, tanto sua variante espiritual, falta de amor ao Sumo, quanto a patologia que leva este nome. Por quê estou parado há algum tempo este blog? Em primeiro por esta famigerada acídia que está a corroer-me o ânimo, em segundo por razões técnicas que não vêm ao caso - Mas são de conhecimento dos que conhecem-me -, em terceiro por uma sincera falta de inspiração.
       O último problema é comprometedor. Tenho n assuntos a comentar, porém padeço de uma infinidade de escrúpulos: Medo de erros, julgamentos precipitados, polêmicas estéreis e desnecessárias e tudo o que possa abrir margem para críticas merecidas. Confesso ainda não estar totalmente familiarizado com as ferramentas de edição, não por dificuldade de compreensão, mas sim por um certo receio, que será superado.
        Este escrúpulo é muito mais porque há um certo problema metafísico entre a mente e o meio. Ninguém escreve uma cantiga ou ode em uma máquina, só se transcreve. Possa a intercessão da Virgem Mãe dar-me menos temor ao transcrever.